Sucessivas quedas na taxa Selic e estímulo governamental são alguns dos fatores que podem explicar o crescimento na popularidade do Home Equity, o empréstimo com imóvel em garantia, entre Pessoas Físicas e Jurídicas.
Para falar mais a respeito do tema, conversamos com um representante do nosso parceiro Banco Bari, que deu mais detalhes em uma recente live, disponível em nosso canal no YouTube.
Evolução de mercado impulsiona Home Equity no Brasil
De acordo com Alan Gomes, do time comercial do Banco Bari, cujo principal produto é o Home Equity, antes havia uma barreira cultural grande em relação ao uso do imóvel como garantia para a tomada de um empréstimo. No mercado norte-americano, Reino Unido e Austrália, por exemplo, o Home Equity tem evoluído. É um modelo de negócio no qual a garantia do imóvel dá acesso a empréstimos mais baratos, com prazos mais longos para pagar.
A entrada de fintechs oferecendo o Home Equity também fez com que se popularizasse, já que está mais em conta em comparação com outras formas de empréstimo, como o cheque especial e o crédito pessoal via cartão de crédito. Embora sejam mais fáceis de serem tomados, possuem juros altos, encarecendo a operação.
O Home Equity está na pauta do Banco Central desde 2019. Há uma estimativa de que no Brasil esse mercado soma aproximadamente R$11 bilhões. Segundo o Bacen, as operações podem injetar R$500 bilhões na economia. O volume de crédito com imóvel em garantia poderá chegar a 10% em até 10 anos ou até 20% em 20 anos – número que se aproxima dos R$500 bilhões projetados pelo Banco Central. “Por que ter um ativo hoje, quitado, que eu consegui financiar — uma boa parte da população não consegue pagar à vista — e não usá-lo com uma taxa de juros mais barata, em uma parcela que vou conseguir pagar, ao invés de tomar um guarda-chuva de empréstimos e correr o risco de perder o patrimônio?”, questiona Alan.
Entre 2012 e 2014, o Home Equity era um crédito pouco requisitado, apesar de já existir nos bancos de primeira linha. Era oferecido quando o cliente não tinha mais saída a tomar. Hoje, porém, esse cenário mudou. Grandes bancos, como é o caso da Caixa Econômica Federal, estão investindo em campanhas para popularizar o Home Equity. Recentemente, o Governo Federal autorizou o uso de um mesmo imóvel como garantia para mais de um empréstimo, pela Medida Provisória de n. 992. “A popularização do Home Equity é super positiva, porque faz com que as pessoas tenham um endividamento saudável, o que se chama de endividamento bom, com longo prazo e juros baixos”, destacou o especialista.
Quando usar o imóvel como garantia para tomar um empréstimo?
Para ser usado como garantia em um pedido de empréstimo, o imóvel necessariamente não precisa estar quitado. De acordo com Alan, é possível fazer um interveniente quitante ou uma portabilidade. É preciso ter a condição de quitar o saldo devedor para realizar essa operação.
No momento em que há a quitação dos valores tomados via crédito com imóvel em garantia, o cliente tem a possibilidade de receber uma nova rodada de crédito, como acontece no Banco Bari. “Durante muito tempo, o produto foi caracterizado para o cliente que estava totalmente endividado. Era um escape para o cliente que queria consolidar dívidas, que tinha uma linha de crédito com cada banco, estava em atrasos ou estava tomado no mercado e precisava consolidar uma única dívida. E esse perfil já mudou muito, de alguns anos para cá”, avalia Alan.
Profissionais da saúde, autônomos e assalariados já conseguem enxergar no Home Equity uma oportunidade para ter fôlego em suas finanças. O empresário já possuía o costume de colocar um imóvel em garantia numa operação para ter acesso ao crédito. “O objetivo do Banco Bari é que o cliente se torne saudável economicamente. Que não coloque em risco seu patrimônio, mas que o aumente”, diz.
Ao tomar um crédito com garantia de imóvel, o comprometimento de renda em parcelas é de até 30%. Este percentual é considerado regra em produtos de crédito no Brasil.
Home Equity Pessoa Jurídica
A onda de empreendedorismo tem surgido muito forte no Brasil, seja por questões de necessidade, seja por questões de mudança, para fazer algo próprio. E para iniciar seu próprio negócio, é necessário capital, que por vezes demora a chegar quando é solicitado por vias governamentais.
Mesmo em plena pandemia, os negócios estão aquecidos. Alan exemplifica que no Banco Bari o time comercial foi reforçado para atender a alta demanda, vinda inclusive por parte de clientes Pessoa Jurídica.
Medo de colocar imóvel em garantia está sendo superado
Alan explica que essa é uma questão cultural delicada. “A primeira analogia que a pessoa faz é ‘demorei tanto tempo para pagar e por que vou colocar num novo negócio agora?’. E eu sempre pergunto por que quando a gente faz um empréstimo para comprar um imóvel, se comemora, apesar de ficar vinculado 30 anos em uma dívida? Tudo é uma questão de ótica, porque adquirir dá uma sensação diferente do que colocar um bem em garantia e o risco de perder é grande. Mas não é isso que acontece. As alternativas de taxas e prazos fazem com que raramente esse imóvel vá ser executado”, salienta o especialista.
O imóvel é um acessório na operação. O crédito somente será concedido caso o cliente tenha condições de arcar com o pagamento. Para assegurar essa questão, são realizadas análises prévias por parte da instituição financeira antes de conceder o empréstimo à pessoa. Se existe um risco da capacidade de pagamento da operação, o crédito não é atribuído ao solicitante.
Para saber mais sobre o assunto, veja na íntegra esta live feita com a participação do especialista do Banco Bari.