O número de desbancarizados caiu cerca de 73% no Brasil no ano passado, segundo o estudo “Aceleração da inclusão financeira durante a pandemia da Covid-19” realizado pela Americas Market Intelligence em parceria com a Mastercard. Ou seja, milhões de pessoas que eram “invisíveis” aos olhos do mercado, repentinamente têm acesso ao sistema financeiro.
Outro levantamento do Banco Mundial indicou que apenas 55% de adultos latino-americanos, cerca de 207 milhões de pessoas, possuíam conta em instituições financeiras em janeiro de 2020 e, ao todo, 40 milhões de pessoas na América Latina criaram contas em instituições financeiras nos primeiros meses de pandemia.
Entre os fatores que explicam essa queda estão:
- Necessidade de digitalizar serviços financeiros para receber ajuda financeira
- Disputa das fintechs e bancos que ampliaram as ofertas e o acesso à população
Segundo Vanessa Medeiros, head de produtos da BizCapital, fintech parceira da Franq que oferece soluções financeiras para pequenas e médias empresas, o número é o reflexo da necessidade por soluções digitais durante o período de isolamento social.
“Isso fez com que a competitividade do setor financeiro só aumentasse. Acredito que a chave para essa disputa está na tecnologia e na exigência por processos cada vez mais ágeis. Não é à toa que grandes instituições têm investido nas fintechs para fazer parte do movimento de inovação, buscando relações com parcerias e aportes”, explica Medeiros.
Perfil dos desbancarizados no Brasil*
- Mulheres (59%)
- Negros (69%)
- Pessoas que vivem na Região Nordeste (39%)
- Pessoas que vivem em cidades do interior (62%)
*Dados do Instituto Locomotiva/2019
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