O artigo “Como as startups podem acertar em ESG”, escrito por Daniela Martins, diretora de ESG (Enviromental, Socia and Governance) da Franq, foi destaque na imprensa nacional e publicado em, pelo menos, oito portais de notícias.
Confira a seguir alguns portais em que o artigo foi destaque:
RH pra você: Como as startups podem acertar em ESG
SEGS: ESG em startups: Quais as diferenças em relação às grandes empresas?
InfraFM: ESG para todos: Quais as diferenças em relação aos portes das empresas?
Leia o artigo na íntegra:
Como as startups podem acertar em ESG
*Por Daniela Martins, CMO e CHRO da Franq
Desde 2004, falamos sobre ESG (sigla para Environment, Sustainable and Governance), mas foi só nos últimos anos que o assunto ganhou atenção da mídia e das diretorias em nível global. Porém, pouco se fala sobre as dificuldades de startups iniciarem suas próprias ações neste sentido. Na maioria das vezes, são as grandes empresas que possuem estrutura, seja em escritório, tamanho de time ou de contatos, para gerar maior impacto social. Então, como novos negócios podem começar a trabalhar com ESG?
Com passagens em corporações como HSBC, onde tive a chance de ver de perto o desenvolvimento de questões de diversidade e sustentabilidade; e agora dentro de uma fintech do setor financeiro, consigo separar de forma clara os desafios que permeiam tirar do papel iniciativas como essas. Em 2010, participei de um treinamento gerencial com colegas do mundo inteiro. Para esta instituição, já naquela época, era obrigatório incorporar o tema sustentabilidade na busca de soluções para diferentes projetos. Ao longo do tempo o cenário mudou, mas os aprendizados coletivos ainda me apoiam nas decisões sobre os caminhos do impacto que as empresas do setor financeiro devem seguir.
Há muito a ser feito e nosso planeta está nos pedindo celeridade. Vale lembrar que o Brasil é um player super importante na questão ambiental — e quanto mais empresas envolvidas, não importa seu tamanho, maior o impacto. Aqui na Franq nós estamos olhando para essa direção com clareza. Para iniciativas de ESG serem bem sucedidas em empresas que ainda não criaram uma estrutura dedicada à sustentabilidade, é preciso focar em duas áreas: comunicação e engajamento interno. A área de pessoas tem muita sinergia com ESG, porque ambas trabalham a cultura de uma organização e fortalecem valores e crenças de uma empresa, que se alinham com os valores e crenças individuais, o que reflete as mudanças que o mundo precisa. Com uma diretoria comprometida em dar voz a essas ações e com o protagonismo de colaboradores em ações individuais, é possível criar uma frente de sustentabilidade desde os primeiros anos de operação, no momento inicial de uma startup.
Na Franq, mesmo sem termos uma área exclusiva com pessoas dedicadas à ESG, começamos pensando em ações solidárias que impactavam pessoas em bairros da cidade sede. E também fomos inspirados pelo nosso CEO, Paulo Silva, a iniciar uma ação ambiental, já que há alguns anos ele atuava como voluntário no Parque do Rio Vermelho, em Florianópolis (SC). Com uma parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), fizemos uma força tarefa para retirar mudas Pinus, espécie invasora do ecossistema do Parque, para que plantas nativas tomassem espaço.
No primeiro encontro, foram 80 voluntários trabalhando pela manhã na reserva com um único objetivo em comum. Hoje, já realizamos três edições e conquistamos 20 mil ㎡ de área designada para o cuidado da nossa empresa. O trabalho já foi reconhecido com um selo do Instituto e é importante para cumprir um dos motivos do parque ser protegido: preservar os aquíferos das localidades de Rio Vermelho e Ingleses, além da proteção da Restinga.
A impressão que fica é de que é preciso de um budget robusto para resultar em um impacto positivo, mas práticas simples no local de trabalho — como usar canecas ao invés de copos descartáveis, separar o lixo e fazer o acompanhamento do uso de plástico — já são um bom ponto de partida. As parcerias também funcionam como um catalisador dessas ações. Junto às instituições mais experientes, é possível garantir a segurança e respeito com as pessoas envolvidas no projeto, assim como uma diferença real nas comunidades.
O desafio para os próximos anos é difundir a sigla para além do meio corporativo, pois precisamos que a discussão ressoe na comunidade geral. Para diminuirmos o impacto negativo em nosso ambiente, teremos que ir além de adotar políticas públicas favoráveis. Em um país como o nosso, ainda enfrentaremos obstáculos econômicos e, por isso, fortalecer a educação é pilar para o engajamento de mais pessoas para um mundo mais equilibrado às práticas de ESG. Fazendo bem o básico, dentro da própria empresa e bairro, é possível aumentar a capilaridade dos projetos com o tempo, até o negócio atingir maturidade o suficiente para gerar impacto local, estadual e até nacional. Contudo, vale lembrar que ESG é uma questão que vai muito além de business, é uma discussão global de manutenção do planeta que chamamos de casa.