Nesta quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. O índice está nesse patamar desde agosto de 2022. De acordo com o Copom, o objetivo de manter a taxa é assegurar a estabilidade de preços, e a decisão é adequada para assegurar a convergência da inflação.
“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária”, afirma a nota divulgada pelo Copom no final da tarde desta quarta-feira.
A quarta reunião do Comitê em 2023 foi marcada por bastante expectativa para o mercado financeiro. Economistas aguardavam o anúncio de uma possível redução a partir da próxima reunião, que será realizada em agosto. A confirmação de queda da taxa não veio, porém o Copom também não indicou chances de aumento.
Em relação à inflação, o Copom acredita que o ano de 2023 deve acumular alta de 5,0%. Em 2024 a projeção é de aumento de 3,4%. Entre os motivos que o Comitê acredita que vão contribuir para alta da inflação estão:
- Persistência das pressões inflacionárias globais;
- Incerteza sobre o projeto final do Arcabouço Fiscal que ainda vai ser aprovado pela Câmara dos Deputados;
- Desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.
Já em relação aos motivos que podem contribuir para a queda da taxa de inflação, o Copom elenca a diminuição dos preços das commodities internacionais, a desaceleração da atividade econômica global e a desaceleração na concessão de crédito.
A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 01 e 02 de agosto. Mesmo sem nenhum indício de redução, o mercado financeiro continua na expectativa pelo anúncio da primeira queda da taxa Selic no governo Lula.
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