Muito se tem falado sobre o uso do PIX por usuários Pessoa Física, inclusive nós publicamos um post recente falando sobre isso. Mas o sistema de pagamentos instantâneos idealizado pelo Banco Central também poderá ser usado por empresas. Para explicar melhor o assunto, realizamos uma live recente com o Banco BS2, um dos parceiros da Franq, sobre tudo o que você precisa saber sobre o PIX, inclusive os negócios que querem utilizar a inovação para facilitar o relacionamento com seus clientes.
Separamos aqui os principais destaques da live sobre o tema. Confira a seguir.
Quais tipos de empresas podem usar o PIX?
Negócios que comercializam produtos e serviços entre si, ou seja, que operam no formato conhecido como B2B (Business to Business), também poderão usar o PIX para transações financeiras. “Empresas, como um e-commerce, ou que prestam serviços, como operadoras de telefonia, também podem prover o PIX como um meio de pagamento entre pessoas e negócios”, explica Wendel Paz, Head de Sales do BS2.
Governos também poderão usar o sistema para permitir que usuários paguem tributos, como IPVA e IPTU, instantaneamente, evitando possíveis ônus por pagamentos de última hora. Isso porque as operações via PIX devem ocorrer em até 10 segundos.
Para as empresas, o PIX terá um custo muito baixo: R$ 0,01 a cada dez transações feitas, em qualquer dia ou horário, diferente de uma TED que geralmente é feita em horário comercial ou no expediente bancário.
Como as transações vão funcionar, na prática?
O pagador (seja PF ou PJ) configura suas chaves no seu banco ou fintech de preferência (neste post explicamos mais sobre essa etapa) e, na sequência, o Sistema de Pagamento Interno (órgão controlador para verificar as transações) analisa se as informações trocadas entre pagador e recebedor estão corretas, e se comunica com a instituição financeira que vai receber o valor, concluindo a transação. Tudo ocorrerá em até 10 segundos. É semelhante a uma operação de débito, feita atualmente seja por uma maquininha de cartão ou transferência bancária, só que mais ágil.
Desta forma, o estabelecimento poderá enviar e receber os valores de forma rápida e prática, sem a necessidade de passar um cartão ou fazer uma transferência em um caixa eletrônico, por exemplo. O mesmo poderá acontecer com o PIX Internacional, previsto para ser colocado em operação em 2022.
Ao executar o pagamento, será disponibilizado um histórico para o pagador e recebedor, como acontece usualmente nos extratos disponibilizados pelas instituições financeiras.
O PIX coloca em risco a utilização das maquininhas de cartão?
De acordo com Elizabeth Sassi, Gerente de Negócios do BS2 e que também participou da live, os meios de pagamento já existentes, como as maquininhas e os cartões de débito, vão continuar existindo. “Por ser um meio de pagamento a mais, ele acaba tendendo a nichos muito específicos. [O PIX] vai conversar muito com quem é do varejo, de quem é do e-commerce. É um pagamento para um, não vai substituir, por exemplo, um boleto, que é passível de um registro, de um protesto. Então, não atende a tudo e não substitui qualquer coisa”.
Como fica a segurança das empresas e dos usuários com o PIX?
Com as chaves registradas, Wendel destaca que “para completar o nível de segurança, além das chaves do PIX, essas mensagens são assinadas de forma digital pela instituição que está emitindo essa operação. Isso tem um nível de criptografia, de segurança, bem avançado. E um outro controle que é bem importante é o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais. Dentro do processo do PIX, a gente chama de DICT. É uma conta que é criada para a instituição, que ajuda, através de uma espécie de antifraude, a verificar o comportamento financeiro de utilização e das transações que uma pessoa ou empresa está fazendo”.
Com essas informações, é possível concluir ou não uma transação financeira. Caso não seja concluída, é possível verificar se o usuário em questão é ele mesmo, já que serão feitas uma série de ações para confirmar ou não sua identidade. “O processo do PIX é simples, porém robusto. Com isso, existe um nível de segurança alto que mitiga muitos riscos de potenciais fraudes”, ressalta Paz.
Além disso, os especialistas reforçam que todas as instituições financeiras que foram homologadas pelo Banco Central a disponibilizar o PIX aos usuários trabalham com valores pré-estabelecidos. A TED e o DOC ainda serão meios mais usados para transferências de valores mais altos.
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